Segunda-feira, 23 de Agosto de 2010

Olá. Peço desculpa por só postar hoje, mas tive um fim de semana cansativo. Mais uma vez, obrigada pelos comentários. Beijinhos.

 

Renesmee Cullen:

 

Eu e Jacob ouvíamos exactamente a mesma melodia arrepiante que atravessava a floresta como uma brisa gelada. Começamos a nossa relação à, relativamente, horas e esta já se encontra ameaçada pela criatura mais medonha que eu, de momento, conheço: o meu pai, Edward Cullen. Jacob parecia estar a pensar exactamente no seu sogro. Sinto um arrepio a percorrer-me o corpo e, a medo, digo:

 

-"Jack, se quiseres, podemos fingir que nada disto aconteceu e, assim, não tens de enfrentar o meu pai."

 

-"Desce do meu dorso, por favor Nessie."

 

Assim o fiz, e fiquei a observar a sombra eleita por ele para se transformar. Quando ele voltou para perto de mim, e eu ía recomeçar a falar, ele passou-me a mão quente pelos lábios e inclinou-se para me beijar. Um beijo lento, que era construído bem devagar, e que se tornou em algo intenso, fogoso. Passado um momento, ele separou-se de mim e beijou-me a testa, esboçando um leve sorriso.

 

-"Achas mesmo que eu vou fugir? Não sei viver sem ti, e eu sei que tu também sentes o mesmo Menina Cullen." - disse ele, rindo ao proferir as últimas palavras.

 

-"Eu sei que tu não eras capaz de fugir. Mas temo por ti. Tenho medo que passes a ser o tapete da sala-de-estar, quando fores esfolado pelo meu pai, ultra-protector..." - ri-me, ao imaginar toda esta situação.

 

-"Tenho confiança no bom-senso do teu pai Nessie. Ele quer a tua felicidade e eu sei que a partir de hoje, eu posso-te fazer imensamente feliz, aspecto esse que eu quero cumprir com o maior dos prazeres."

 

-"Oh, Jacob...não digas essas coisas, tu sabes que eu fico lisonjeada por tu seres meu, apenas meu, só meu." - disse eu, passando a minha mão pelo peito nú dele e sentir o arrepio da minha mão mais gelada no corpo quente dele.

 

-"Nessie, Nessie, tu sabes que eu amo-te, não sabes?" - acenei-lhe que sim, com a cabeça virada para o chão - "Então se sabes, vamos falar com o meu querido sogro, eu sei que ele está ansioso para me ver..."

 

-"Amo-te." - foi tudo o que consegui murmurar, antes de Jacob me agarrar e me colocar agarrada ao pescoço dele, e me transportava pela floreste dentro, em direcção à minha casa. Assim que chegamos, nem foi preciso abrir a porta. A minha mãe abriu-a com um enorme estrondo e vi que dentro dela estavam Carlisle e Emmet, talvez para evitar futuros conflitos, não sei. A sentir a minha mão entrelaçada na de Jacob, entramos silenciosamente e foi aí que observei o meu pai. Furioso, irritado, com os olhos mais pretos que já vi nele.

 

-"Renesmee, Jacob, sentem-se." - disse amavelmente a minha mãe, que logo a seguir sentou-se ao meu lado, obrigando-me a encostar mais a Jacob.

 

-"Edward, eu..." - principiou Jacob, mas o meu pai cortou-lhe o discurso e, numa voz seca e amarga, disse:

 

-"Ouve-me bem, Jacob Black. Eu espero bem que o que aconteceu hoje não tenha sido uma brincadeira para ti, pois isto para mim não o é. Eu amo a minha filha, acima de tudo. E eu não quero que tu a magoes. Quero que a respeites, que a trates bem, que nunca lhe mintas, que nunca a influencies a fazer nada de mal. Lobo, se ela quiser estar contigo, eu quero que lhe dês tudo o que ela merece, tudo. Se eu souber que vais fazê-la sofrer, eu arranco-te uma pata e viras perneta. Estamos entendidos?"

 

-"Pai, que ameaça mais lamechas. Eu sei que o Jacob nunca..."

 

-"Cala-te Nessie. Eu quero ouvir isso da boca dele, agora, Jack."

 

-"Edward, eu sei que tu és de uma época mais antiga, mas deixo-te aqui hoje, com todas estas pessoas como testemunhas, a minha palavra. Eu amarei sempre a Renesmee, tu sabes que ela é a minha marcação, o meu centro do universo. Vou sempre viver ao lado dela, não deixarei que ninguém lhe toque, e ela vai sentir-se a pessoa mais feliz do mundo. Se um dia a magoar, eu próprio te procuro para me tratares da saúde e nem te impedirei de o fazeres."

 

-"Edward, se é isto que a tua filha quer, só tens a respeitar a decisão dela." - disse o meu avô, com o tom mais compreensivo que já ouvi.

 

-"Mano, tem lá calma. Lobos, vampiros, humanos. Eles vão se dar lindamente juntos, e vão-te dar uma carrada de netos lobi-vam-nos." - o meu tio soltou uma estridente gargalhada, e eu, discretamente, dei-lhe um murro no braço, para ele se calar.

 

-"Pai? Eu amo o Jacob, deixa-me ser feliz, ao lado dele."

 

-"Edward? Eu amo a tua filha. Posso ser feliz ao lado dela?"

 

-"Nessie, Jacob, têm a minha benção."

 

Fiquei tão aliviada e feliz que dei um enorme beijo na bochecha do meu pai e, de seguida, abracei Jacob com força e procurei os seus lábios, que imediatamente se selaram num longo e feliz beijo.



publicado por Isabela às 19:23 | link do post | favorito

De Monique* a 25 de Agosto de 2010 às 11:58
Adorei, está lindo *.*
Vou ler o resto :D
Bjs*


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